segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Querida, mudei a Taberna... (IV)

E ainda (prometo ser os últimos):

3. Ditado para desculpar uma bebedeira?


4. Ou para não se chatear com a mulher?

(foram os últimos, mas a dúvida continua)

(acho que vou beber um traçado para desanuviar as ideias)

Querida, mudei a Taberna... (III)

E as dúvidas continuam:

1. Ditado popular com moral de avó?


2. Ditado popular que parece letra de fado?

(depois de ver este último, apetece-me uma ginginha e conversar com a Rosário Fadista, que vive aqui ao lado...)

Nesta Taberna é tudo VERDE E BRANCO

(por isso me oferecem coisas destas)

Piadas típicas de quem trabalha atrás do balcão...



D. Ivone (toda gaiteira) - Ó Taberneiro, ainda tem rins?

Taberneiro (na galhofa) - Acho que ainda tenho os dois...

(eheheh, as piadas que todos gostam)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Há pessoas que me surpreendem.

Apesar de ser cliente habitual (reservo-lhe sempre aquela mesa com vista para o rio) ela consegue sempre dizer algo que tem um efeito quase terapêutico.

(Acho que vou ter de trocar o amigo Wiseman por outro livro como substituto do pé da mesa do computador...)

Não se deseja a morte a ninguém, mas não se deseja coisas boas...

A tia velhota telefona a dar as últimas notícias da zona onde nascemos e crescemos. Entre casamentos, separações e nascimentos, lá nos põe a par da necrologia, qual Diário de Notícias. "Lembras-te do filho do M., da tua idade e que andou contigo na escola?". Se me lembro, tia, um fulano a quem eu tinha um ódio de morte quando andava na escola... Aquele que quando eu andava no 6º ano me fez sair do balneário depois da aula de Educação Física em cuecas pois decidiu tirar-me as calças e os calções e colocá-los nas tabelas de basquetebol só para impressionar a rapariga mais gira da turma? Ou o mesmo que só por eu usar óculos se juntou com um grupo de gajos mais velhos e decidiu agrafar-me pela camisola num dos quadros de cortiça na parede da sala de aula? Ou ainda o que cortava todos os meus trabalhos expostos com um x-acto? Ou o mesmo que com um grupo de repetentes infernizava a vida de todos os miúdos com óculos, aparelho ou mais "gordinhos"? "Morreu coitado, enforcou-se!". Que pena que morreu. E não me deu tempo de o encontrar e lhe dar dois pares de murros.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Uma lição de vida dada por um puto de 12 anos

Quando ele entrou na taberna (estava o Taberneiro a fumar um cigarrinho à porta), estavam três mesas ocupadas: um casal de namorados (chá e torradas), uma quarentona (café e bolo de arroz) e a D. Ivone (da meia de leite e meia torrada de todos os dias). O puto trazia o mesmo ar de tantos (do boné virado para trás e camisola três tamanhos acima, das calças descaídas e dos ténis desportivos) que passam à porta e que vão parando para cravar um cigarro (apesar de não terem idade para tal) a um fumador com ar mais simpático (ou mais surpreso).

Passou a porta em passo rápido (quando passam a correr, ou fizeram alguma ou vão fazer) e disse algo em voz baixa junto à mesa da  D. Ivone que logo tirou da carteira um euro (esta mulher acredita em tudo...) e lhe deu com um grande sorriso e um "se é por teres fome..." (sempre a mesma desculpa, agora sai a correr) e dirigiu-se ao balcão.

Olhou para as sandes de panado e ouviu logo um "essas custam um euro e meio" (gosto desta empregada nova, põe logo tudo e todos no lugar). Também olhou de relance para a sandes de ovo e uma voz resmungou surgiu atrás do balcão "essas são um euro e vinte. com esse dinheiro podes comer um bolo ou uma sandes de manteiga". Disse algo timidamente (agora é que vamos ver a tua fome, de certeza que vais pedir um bolo, eheheh) que fez com que a voz resmungona se afastasse e voltasse com uma carcaça e um olhar cabisbaixo (não é que o puto pediu o pão com manteiga porque tinha mesmo fome???).

Ao receber os vinte cêntimos de troco, colocou-os em cima da mesa da D. Ivone com um sorridente "muito obrigado".

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Terapeuta da Fala - Precisa-se

(dois clientes habituais - o-do-bigode e o-do-colete-à-caçador - ao balcão e na rádio toca Elvis Presley "love me tender")

O-do-bigode: Gosto desta música (e começa a cantarolar) love me tender, love me true, never say goodbye...

O-do-colete-à-caçador: ómai daruingue ai uove iu andaiuouaisuiu.... (termina o outro)

Taberneiro: (em pensamento) Já não preciso dos Ídolos.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Do amor... (gorjeta do "Arrepiado")


Do puto de cabelo arrepiado...

... as quartas-feiras são dias de "prato do dia" muito português: favas com entrecosto. Neste dia da semana, vem cá sempre um puto de cabelo arrepiado que me deixa como gorjeta um desenho, desde o dia em que lhe falei que me apetecia escrever um blog. "Pode ser que lhe faça falta, para publicar num dia de pouca inspiração!"

Isto é o que se chama uma gorjeta extramamente útil!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A minha taberna...

... fica numa esquina, com uma grande esplanada. Em frente uma creche e uma escola. Num dos lados, um prédio onde vivem dois casais de yuppies, uma velhota, uma solteirona, uma família numerosa e dois irmão ainda jovens. Do outro lado um jardim.

Reconhecem?

Porquê de criar um blogue?

Eu resumo em 3 razões:
1. Nostalgia da infância (dos livros e cadernos em branco, quando voltávamos à escola);
2. Porque é Inverno (e apetece fazer alguma coisinha mais caseira);
3. Este meu novo emprego de Taberneiro é uma seca!

(já disse as minhas razões, as de quem passa por aqui é porque não têm nada para fazer, tal como eu)

Por detrás do balcão de uma taberna...

...pode sempre estar um fulano com jeito amigo, psicólogo ou padre. É só procurar...