sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Não se deseja a morte a ninguém, mas não se deseja coisas boas...

A tia velhota telefona a dar as últimas notícias da zona onde nascemos e crescemos. Entre casamentos, separações e nascimentos, lá nos põe a par da necrologia, qual Diário de Notícias. "Lembras-te do filho do M., da tua idade e que andou contigo na escola?". Se me lembro, tia, um fulano a quem eu tinha um ódio de morte quando andava na escola... Aquele que quando eu andava no 6º ano me fez sair do balneário depois da aula de Educação Física em cuecas pois decidiu tirar-me as calças e os calções e colocá-los nas tabelas de basquetebol só para impressionar a rapariga mais gira da turma? Ou o mesmo que só por eu usar óculos se juntou com um grupo de gajos mais velhos e decidiu agrafar-me pela camisola num dos quadros de cortiça na parede da sala de aula? Ou ainda o que cortava todos os meus trabalhos expostos com um x-acto? Ou o mesmo que com um grupo de repetentes infernizava a vida de todos os miúdos com óculos, aparelho ou mais "gordinhos"? "Morreu coitado, enforcou-se!". Que pena que morreu. E não me deu tempo de o encontrar e lhe dar dois pares de murros.

6 comentários:

  1. Só muito recentemente comecei a não desejar coisas boas a quem passou pela minha vida... a pensar "olha, está mal?! paciência!" e senti-me mal com isso, julguei que estava a ser uma pessoa má e fria (se calhar estou).

    Ainda me sinto mal, no entanto, simultaneamente penso que se me fez mal por que raio devo ser uma santa e desejar-lhe bem? Sempre considerei o Inferno muito mais aconchegagante! :)

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  2. Uma das coisas que o fundo de uma garrafa de whisky me ensinou foi que para nos sentirmos bem com determinadas situações temos de ser verdadeiros conosco e com os outros.

    Por isso, se não gostamos de alguém devemos dizer-lhe, porque, se calhar, não gostámos de uma atitude da pessoa e não da própria.

    E há os que nem vale a pena, como este meu colega...

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  3. Credo!!! Isto é real?
    Eu acho que não desejo nada, nem bem nem mal...

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  4. Cara Miss B.

    Muito real (só espero que ninguém da família ande por estas coisas dos blogs).

    Quanto a si, não acredito. Há sempre alguém que nos magoou de alguma formA, e a quem não desejamos só coisas boas... ;)

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  5. Detesto essas pessoas. Gentinha que só se diverte a infernizar a vida dos outros... há gente que não faz cá falta, desculpem lá!

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  6. Boa, Ana! Alguém que não se "espartilha" no que é politicamente correcto.

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